O aplicativo WhatsApp foi tirado do ar no Brasil por inúmeras vezes. E novamente, o mensageiro pode ser suspenso de acordo com a vontade de advogados, juízes e membros das forças policiais. Segundo eles, as leis do país devem ser aplicadas livremente sobre o funcionamento de diversos tipos de serviço na internet. E com o risco de serem tirados do ar caso necessário.
Entretanto, especialistas em internet e grupos que defendem a liberdade de expressão e a privacidade dos usuários do serviço são contra o bloqueio do aplicativo. Eles alegam que novas diretrizes devem ser criadas especificamente para reger esses novos meios de comunicação. A batalha recomeçou nesta segunda-feira (5) com a continuidade de uma audiência pública promovida pelo Superior Tribunal Federal (STF).
Ataque em massa
Os magistrados deram suas opiniões na audiência e mostraram ser contra o que consideram um desrespeito por parte de empresas estrangeiras às leis em vigor no país. Além de, acusarem-as até de estarem escondendo algo por trás da criptografia das informações. Eles defenderam os eventuais bloqueios que a plataforma pode receber caso não forneça dados e informações pessoas. Isso inclui conversar particulares de seus usuários.
O resultado da audiência pode levar a uma situação onde bloqueios do WhatsApp possam acontecer com uma frequência grande. Se caso a Justiça entender que o aplicativo não está colaborando com investigações ou não fornecer o conteúdo particular de conversar realizadas por meio da plataforma.
Especialistas de todo tipo e até o cofundador do WhatsApp Brian Acton, foram ouvidos numa audiência que durou dois dias. Agora os ministros do STF Edson Fachin e Rosa Weber, devem tomar uma decisão a ser publicada nos próximos dias que vai permitir ou não a interceptação de conversas via WhatsApp e seu bloqueio caso descumpra ordens jurídicas.