Dois YouTubers muito famosos de Counter-Strike: Global Offensive se envolveram em um escândalo de apostas ao redor do famoso game de tiro da Valve. De acordo com acusações feitas pelos canais h3h3 Productions e HonorTheCall, Trevor “TmarTn” Martin e Tom “ProSyndicate” Cassell são responsáveis por promover o site de apostas CSGO Lotto sem revelar que ambos são, respectivamente, presidente e vice-presidente do website.
A regulamentação norte-americana não admite a promoção de uma companhia por uma pessoa que não se revele dona da empresa ou que seja patrocinada por ela, ou seja, isso é uma infração. Os dois também aparecem em vários dos seus vídeos celebrando a vitória em apostas que ultrapassam valores de US$ 13 mil (cerca de R$ 42,1 mil em conversão atual) — gerando, com isso, a desconfiança de que houvesse a manipulação dos dados para gerar esses resultados.
Tom e Trevor, juntos possuem mais de 14 milhões de inscritos em três canais dentro do YouTube. Assim como o CSGOLotto, vários outros sites especializados nesse ramo, permite que os jogadores coloquem as “skins” de suas armas em apostas de eSports ou outros jogos de azar, lucrando os itens virtuais dos demais jogadores. Os valores de armamentos raros podem ultrapassar de R$ 1 mil.
Com o aumento do número de acusações, os vídeos de Trevor se tornaram privados na plataforma a partir dessa segunda-feira (4). Antes disso, o h3h3 Productions apontou, por meio do Internet Archive, que ele mudou recentemente a descrição de cada um deles afirmando ser o dono do site. A apuração do canal também revelou fragmentos em que Trevor dizia que tinha “encontrado esse novo site de apostas” e se referia à própria companhia, promovendo ela sem revelar que era o presidente.
O vice-presidente Tom Cassell, usou o Twitter para fazer uma declaração: “Eu peço desculpas para qualquer um que tenha se sentido enganado sobre a posse do CSGOLotto”. “No entanto, eu me mantenho firmemente ao fato que a CSGOLotto nunca roubou ou enganou os jogadores”, completou.
Recentemente, a Valve recebeu um processo por “criar, sustentar e facilitar” um mercado no qual os jogadores acessam sites terceirizados e apostam itens virtuais que podem ser convertidos em dinheiro. Segundo o autor do processo, isso permite que pessoas de qualquer idade possam entrar em esquemas de sorte e azar.
