Faker é tricampeão mundial e milionário aos 20

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O coreano Lee Sang-hyeok, de 20 anos, mais conhecido como “Faker” está para o eSport como Pelé para o futebol ou Michael Jordan para o basquete.

No último final de semana, Faker conduziu sua equipe, a SKT1, ao tricampeonato mundial do “LoL” em Los Angeles, nos Estados Unidos. E o time embolsou um prêmio de US$ 2 milhões.

Muitos analistas o consideram o melhor jogador de “League of Legends” de todos os tempos, muitos de seus fãs preferem chamá-lo simplesmente de “deus”. O coreano, com seu estilo mudou o jeito de jogar “LoL”, não possui um adversário à altura.

Aos 17

Faker em 2011, começou a jogar “LoL”, game para PC jogado por 100 milhões de pessoas mensalmente. Já naquela época era difícil encontrar adversários à altura nos servidores coreanos, que seguramente podem ser considerados os mais competitivos do planeta.

Na Coreia do Sul, o eSport é oficialmente um esporte. Existem cerca de 12 mil lan houses, locais onde “treinam” milhares de potenciais pro players. Nos anos 2000 os torneios de “Starcraft”, que era sensação na época, eram transmitidos pela TV a cabo local. Logo o eSport se tornou mais popular que o beisebol entre os jovens coreanos, estabelecendo as bases da hegemonia do país nessa modalidade.

Lee abandonou os estudos na época do colegial para se dedicar à carreira. “Como pai sozinho, é meu dever apoiar meu filho”, disse Kyung-joon em entrevista à ESPN. Além disso, a professora na época garantiu que ele seria capaz de se formar facilmente mais tarde.

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Entretanto hoje, Faker não recomenda que sigam o mesmo caminho: “O futuro do eSport é brilhante, talvez até mais do que o de outros esportes. Porém, para se tornar um profissional é preciso correr muitos riscos. É melhor terminar os estudos antes de cair de cabeça nessa carreira”, contou em entrevista à PC Gamer.

Faker mudou a forma de jogar “LoL” e levou a SKT1 ao primeiro título mundial em 2011

Em 2013, Faker estreou como pro player aos 17 anos. Logo na primeira partida, sua primeira “kill” foi logo em cima de Kang “Ambition” Chan-yong, em uma jogada lendária. Na época, Ambition era a grande estrela do “LoL” na Coreia.

Naquele mesmo ano Faker seguiu assombrando os fãs de “League of Legends” com jogadas incríveis, levando a SKT1 ao título mundial, que rendeu um prêmio de US$ 1 milhão.

Mudança no jogo

O jogador possui um nível de destreza e raciocínio rápido que beira o inacreditável. “Não passa nada pela minha cabeça, quando estou jogando. Não estou pensando, apenas agindo. É quase como um instinto animal. Apenas faço o que preciso fazer”, disse à PC Gamer.

É capaz de jogar em alto nível com mais de 30 Campeões, o que costuma surpreender os adversários. De quebra, Faker consegue se adaptar facilmente às constantes alterações no balanceamento dos personagens que feitas regularmente pela Riot.

Além disso conseguiu a proeza de mudar o jeito de jogar “League of Legends”: como mid lane (“meio”), ele muitas vezes trafega pela rota do meio, uma das três do jogo, segurando o avanço do adversário sem o apoio dos companheiros de time – função que, neste caso, costuma ser exercida pelo jungler (“selva”).

Rotina pesada de 12 horas de treino por dia

Numa rotina de treinos pesada, Faker vive em uma game house em Seul, com seus companheiros. E treinam junto cerca de oito horas por dia. O pro player costuma complementar a carga com mais quatro horas de prática individual.

O estilo reservado, que contrasta com a fama, chegou a suscitar dúvidas no técnico da SKT1 sobre se Faker se adaptaria ao jogo em equipe: “Ele não falava muito, então não sabíamos se ele se daria bem em um ambiente de equipe”, disse Choi “L.i.E.S.” Byoung-hoon à ESPN. Claramente não foi um problema.

Estima-se que Faker ganhe mais de US$ 100 mil por mês, mas ele minimiza a importância do dinheiro: “O dinheiro da premiação é certamente uma fonte de motivação, mas o que eu quero mesmo é vencer”, disse à PC Gamer. O pro player chegou a recusar uma proposta milionária para jogar na China, preferindo permanecer na SKT1.

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Todo “sacrifício” valeu a pena. Depois um período em baixa em 2014, quando não conseguiu chegar às finais do Worlds, Faker e SKT1 deram a volta por cima e faturaram o campeonato em 2015, na Alemanha.

Faker e a SKT1 comemoram o inédito tricampeonato mundial de “LoL”

Cultura

A Coreia tem uma cultura muito competitiva, há pouca tolerância com a derrota. Nos padrões da carreira de pro player, os jogadores costumam se aposentar por volta dos 25 anos.  Faker aos 20 anos, ainda tem uma longa caminhada antes que a “idade” afete seus reflexos ou facilite contusões.

Faker reconhece que abrir mão dos estudos e de tantos aspectos da vida pessoal em nome da carreira é uma decisão que cobra um preço caro. “Acho que evoluí como pro player, mas não em minha vida pessoal. O estresse como pro player afeta muito a vida pessoal, então preciso achar meios de melhorá-la”.

Mas, pelo visto a prioridade ainda será o “LoL”. Já que ainda no ginásio Staples Center, minutos após a final, Faker já falou sobre os planos futuros: vencer o próximo Mundial.

Fonte: Uol

 

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