League of Legends: Ex-técnico da INTZ afirma que se sentia sozinho

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O norte-americano Alexander Haibel, também conhecido como Abaxial, por mais de dois anos foi o técnico da INTZ e-Sports Club. O time foi vitorioso diversas vezes, sob seu comando. Como as vitórias no Brasil Mega Arena de 2015 do Rio de Janeiro e São Paulo, o primeiro Split do CBLoL de 2015, o segundo de 2016.

Após tantas conquistas, em seu curriculum, o coach oficializou a sua saída do time na noite da última quarta (12). Mas o mais estranho é que, após todo esse tempo com o time, o técnico ainda se sentia sozinho.

Abaxial contou em entrevista para o ESPN, que “Solidão e longos tempos de silêncio eram coisas que aconteciam” no seu dia a dia. “Nós éramos grandes amigos, mas é difícil entrar em uma conversa sendo feita em outra língua. Pode parecer pouco profissional mencionar uma coisa como a solidão, mas é a mais pura verdade e acho que reconhecer isso é, em última análise, a abordagem mais madura”.

Até os torcedores da INTZ já tem conhecimento da barreira linguística entre o técnico e a equipe. Em diversas ocasiões durante o CBLoL presenciamos as conversas entre Abaxial e a equipe e, em algumas delas, os jogadores conversavam em português enquanto o técnico tentava pescar uma palavra ou outra. Você pode ver aos 3:56 do vídeo abaixo.

Abaxial afirma que isso não ficava apenas no palco do CBLoL. Mas acontecia também nos treinamentos. “Era muito mais sobre a comunicação do dia a dia durante os jogos e nas discussões em time. Não era razoável que eu exigisse que todas as coisas ditas em português fossem traduzidas. Mas a cada conversa paralela que acontecia, era uma oportunidade perdida para que eu aprendesse e pensasse sobre os problemas [que aconteciam] no jogo”.

O técnico entrou no cenário competitivo norte-americano para a INTZ, com muita bagagem de sua experiência. Porém, as coisas poderiam ser melhores. “Eu acho que já sou um coach muito bom, mas eu acredito que posso me desenvolver melhor com um time que fale em inglês o tempo todo”.

Ao ser questionado sobre seu impacto na equipe, Abaxial sabe que muito do sucesso da INTZ se deve aos próprios jogadores. Entretanto muita coisa poderia ter se saído melhor “Eu gostaria de acreditar que eu tive um grande impacto, mas não posso levar o crédito por tudo. Eu fui sortudo por ter jogadores inteligentes e proativos – eles quase sempre tiveram ideias de como melhorar”, conta.

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A saída do time

A decisão de sair da INTZ foi um processo. Por meses Abaxial pensava em voltar para casa, nos EUA. “Estive pensando sobre a procura de outra equipe por vários meses. Tem sido um prazer trabalhar com os jogadores da INTZ. Mas por causa de todas as conversas paralelas em português eu senti que eu não poderia me desenvolver ao máximo”.

Referente a sua estadia no Brasil e o que aprendeu nesse tempo com os Intrépidos. Ele diz “Eu aprendi a ser adaptável. Eu posso mudar a forma que eu abordo o jogo ou falar com os jogadores com base no que eu sinto são as suas necessidades no momento”.

Abaxial vai tentar conseguir uma vaga em um time da League of Legends Championship Series dos EUA (LCS NA). No entanto o treinador não descarta a oportunidade de continuar no Brasil “Eu vou ouvir ofertas das outras organizações brasileiras, mas eu provavelmente só aceitaria se não obter boas propostas do LCS NA”.

Abaxial falou ao site de notícias Mais E-sports, que tem investimentos INTZ. Ele disse que tentou aprender português, mas deu prioridade a entender o meta-jogo de League of Legends. “Eu tenho aprendido um pouco de português, mas estudar o jogo sempre virá em primeiro lugar e será o meu foco”.

Como fica a equipe

A equipe brasileira já tinha conhecimento da vontade de Abaxial em voltar para os EUA por conta da barreira linguística. No lugar dele, a equipe técnica formada pelo analista chinês Peter Dun, o analista Ram “Brokenshard” Djemal e Lorenzo Jung, analista trainee dividirão posto de treinador temporariamente. O clube diz ainda que avalia outras possibilidades e também está de olho no mercado.

 

Fonte: Uol

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